quinta-feira, 13 de novembro de 2008

PROJETOS

SINDICATOS RURAIS: ORGANIZAÇÃO SINDICAL E PARTICIPAÇÃO POLÍTICA - ESTUDO SOBRE A AÇÃO SINDICAL DOS TRABALHADORES RURAIS ALAGOANOS NAS DÉCADAS DE 1980-1990/ Profº Antonio Barbosa Lucio
RESUMO DO PROJETO
Este projeto de pesquisa tem por objetivo a reconstituição e interpretação da trajetória da ação sindical dos trabalhadores rurais do Estado de Alagoas. Mais especificamente trataremos da ação sindical enquanto forma organizacional dos trabalhadores rurais alagoanos nas décadas de 1980 e 1990. O foco de análise será centrado nos limites e alcances da luta sindical via sindicatos rurais, de contribuir para melhoria de vida e trabalho e, para o próprio avanço das organizações sindicais desses trabalhadores. A pertinência do projeto justifica-se pela lacuna verificada na produção acadêmica sobre o tema: ausência de trabalhos que analisem os significados e alcances das lutas sindicais rurais, na realidade concreta de Alagoas. Ressaltaremos a especificidade do sindicalismo dos trabalhadores rurais, procurando revelar os enormes desafios para a ação sindical em termos de ampliação e cumprimento de direitos trabalhistas e cidadãos. A nossa opção metodológica, portanto, foi estudar a ação sindical dos trabalhadores rurais alagoanos, sob a perspectiva de que esta não pode ser apreendida de modo desvinculado do contexto sócio-cultural-econômico e político. Tal abordagem, de orientação dialética, fundamenta-se na premissa de que há uma ligação indissolúvel entre as transformações econômicas e as lutas sociais, já que não há realidade histórica que não seja humana. Nessa direção, para melhor apreensão interpretativa do fenômeno estudado, procuraremos realizar um nexo entre o Movimento Sindical dos Trabalhadores Rurais de Alagoas (e sua ação com relação aos trabalhadores do agreste alagoano) e o processo de transformação da atividade fumageira em diferentes conjunturas econômicas e políticas. As dificuldades apresentam-se como manifestação das próprias adversidades do meio e nas quais as entidades sindicais foram instrumentalizadas e controladas pela classe patronal mediante todo tipo de pressão desde a coerção político-ideológica e cooptação de dirigentes sindicais, até o uso da repressão direta e ameaças à integridade física dos trabalhadores. O medo e a impotência impregnados nos trabalhadores e em seus dirigentes sindicais num contexto de violência e impunidade podem ter sido os principais fatores que limitaram os alcances em termos de mobilização e organização necessárias à árdua tarefa de fazer valer direitos já consagrados em lei.



1 SUBPROJETOS

01- Sindicatos rurais: organização sindical e participação política - estudo sobre a ação sindical dos trabalhadores rurais nas décadas de 1980-1990: o caso de Taquarana/AL Ronaldo Francisco da Hora/bolsistas/UNEAL

Este trabalho tem por objetivo identificar e analisar a trajetória da ação sindical dos trabalhadores rurais da cidade de Taquarana/AL nas décadas de 1980 e 1990. Nossa preocupação estará centrada nos limites e alcances da ação sindical do Movimento sindical dos Trabalhadores Rurais (MSTR). A literatura acadêmica que trata do tema sindicato tende apontar para o fato de que este passa a atuar em áreas que seria do próprio Estado, se distanciado da luta propriamente dita de embate contra a classe patronal e/ou voltada para transformações das condições de vida do trabalho rural. Tratando dessa questão em Alagoas, existem os seguintes trabalhos: Mello (1995) destaca a ação sindical dos trabalhadores canavieiros na região norte do Estado. Lúcio (2003) faz um estudo sobre a ação sindical dos trabalhadores canavieiros alagoanos a partir da década de 1970. Este autor enfatiza as campanhas salariais postas em prática a partir de meados da década de 1980 na região canavieira alagoana. No agreste alagoano, Farias (2006) faz um estudo da ação sindical dos trabalhadores rurais em Coité do Nóia/AL, ressaltando os alcances e limites dessa ação. Santos (2006) estuda a ação sindical dos trabalhadores rurais em Girau do Ponciano/AL, retratando as especificidades do MSTR naquele município. Dessa forma, nosso interesse será contribuir com a historiografia do movimento sindical no agreste alagoano, dando continuidade aos trabalhos existentes e, ao mesmo tempo, favorecendo reflexão sobre a ação sindical dos trabalhadores rurais em Taquarana/AL. Para tanto partimos de uma questão essencial: quais os limites e alcances da ação sindical do MSTR de Taquarana? Temos como hipótese que o sindicato rural cumpre a função de apaziguador das relações de classes, não tendo como objetivo principal combater o processo de exploração e dominação existentes no meio rural voltando-se para questões economicistas de cunho imediatistas sem enfrentamento com a classe patronal.
02- Sindicatos rurais: organização sindical e participação política - estudo sobre a ação sindical dos trabalhadores rurais nas décadas de 1980-1990: o caso de Arapiraca/AL Adriana Márcia Marinho da Silva

RESUMO DO TRABALHO

O presente trabalho tem como objetivo reconstituir e interpretar a ação do sindicato dos trabalhadores rurais de Arapiraca. Teremos como corte cronológico as décadas de 1980 -1990, sendo a década de 1980 importante, pelo fato de se tratar da efervescência do Movimento Sindical, como um período de conseqüências para o MS e para os trabalhadores e a década de 1990 um período de crescente ascensão de políticas públicas voltadas para a descaracterização do trabalhador enquanto detentor de direitos. O foco de análise buscará identificar as funções e limites da luta sindical para melhoria de vida e de trabalho e para o próprio avanço das organizações sindicais dos trabalhadores. A pertinência dessa pesquisa justifica-se em si mesma, pela lacuna verificada na produção acadêmica sobre este tema naquela cidade. Sendo um estudo de grande importância tanto para a academia quanto a população em geral, visando compreender o contexto em que o sindicato de Arapiraca está inserido. Portanto, estudá-los traz-nos a oportunidade de manter viva a pesquisa em torno das lutas desencadeadas por essa classe que muitas vezes, vê-se sem uma força maior que possa defendê-la Temos como hipótese que o STR de Arapiraca realiza a função de atrelamento ao governo, tomando para si funções que não lhe cabe, como a predominância do assistencialismo. A perspectiva metodológica aqui adotada voltar-se-á para o estudo da realidade concreta, que deve ser inserida enquanto parte constituinte de um conjunto de ações que ultrapassam a esfera local. Buscaremos identificar fatores que podem caracterizar a entidade sindical e seus dirigentes como atrasados e cooptados pela classe patronal. Até o presente momento, analisamos uma vasta quantidade de escritos que versam sobre o tema, desde a visão clássica a partir de Karl Marx, até escritores brasileiros como Vito Giannotti, João Pedro Stedile, Boito Jr.
O processo de organização do trabalho no campo - estudo da agroindústria sucroalcooleira alagoana na década de 1990: os trabalhadores assalariados da cana-de-açúcar da usina seresta em Teotônio vilela/AL. Nadja Lúcia dos Santos


RESUMO DO TRABALHO

Este trabalho tem por objetivo identificar e analisar o processo de organização do trabalho no campo na agroindústria sucroalcooleiro alagoana na década de 1990. Especificamente, estudaremos o caso da Usina Seresta/ Teotônio Vilela-AL quanto ao processo de reestruturação produtiva desenvolvido no setor canavieiro, fruto da política neoliberal e sua influência direta na vida cotidiana dos trabalhadores assalariados da cana. Foi na década de 1990 que o setor canavieiro principalmente a Usina Seresta, começa a se reestruturar, todo seu setor produtivo, mas isto não foi um ato de caráter social, mas uma estratégia econômica, no momento em que as inovações técnicas e organizacionais, assumem em todo o circuito produtivo, instituindo e fortalecendo a ideologia de posse da força de trabalho desses trabalhadores assalariados pela agroindústria canavieira. Na década de 1990 houve estudos que foram dedicados a analisar as mudanças nas relações de trabalhos da agroindústria canavieira alagoana, tais como: PADRÂO (1996), trata da elevada rotatividade dos trabalhadores temporários e a reestruturação produtiva na década de 1980. LUCIO (2003), de analisar a reconstituição, interpretação da trajetória da ação sindical na área da cana a partir da década de 1970. GOMES (2006), seu objeto de estudo foi analisar como ocorreu a intensificação da tecnologia a indústria açucareira da década de 1970, A justificativa para realização desse projeto tem por base a quase ausência de trabalhos que enfatizem as condições de vida e de trabalho desses assalariados da cana. Com os avanços tecnológicos, a vida dos empregados assalariados ficou muito mais difícil, pois a máquina se torna cada vez mais produtiva do ponto de vista do capital do que o próprio trabalhador. Dessa forma, temos como hipótese que na usina seresta houve um reordenamento das relações de poder, na década de 1980, impulsionando o controle dos trabalhadores para além da estratégia de manutenção de padrões de trabalho ancorados em trabalhadores temporários, para, a partir da década de 1990, favorecer a contratação de trabalhadores, via formalidade e, introduzindo instrumentos impessoais de controle do processo de trabalho.

03 - Assentamento rural: MST e os impactos sociais, econômicos e políticos - o caso do assentamento dom Hélder câmara/núcleo Maravilha em Girau do Ponciano-AL na década de 1990 Elenice Temóteo de Almeida

Este Projeto de Pesquisa tem como objetivo analisar os impactos sociais, econômicos e políticos dos assentados do MST do Núcleo Maravilha inserido no assentamento Dom Hélder Câmara localizado no município de Girau do Ponciano/AL a partir da década de 1990. Centralizaremos nossa pesquisa as 27 famílias que compõem o núcleo Maravilha de um total de 287 existente no assentamento. Esta pesquisa se faz necessário por ser uma contribuição pioneira voltado para assentados rurais do agreste/sertão alagoano. Temos como hipótese de trabalho que os assentamentos por sua sistemática de organização favorecem a geração de empregos, aumentam o nível de renda das famílias envolvidas refletindo na economia local e regional e, paralelamente, influenciam as relações sociais e de poder local. Entretanto, essa situação é sistematicamente combatida pelas lideranças locais/regionais e pela própria organização do sistema capitalista de produção que interferem nas relações dentro dos assentamentos dificultando o processo de consolidação dos assentados enquanto produtores rurais. Para atingir tais metas, este projeto comporta os seguintes capítulos: o primeiro capítulo pretende refletir sobre o processo histórico de luta pela a terra no Brasil, mostrando as perspectivas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra; o segundo, identificar quais os impactos sociais econômicos e políticos ocasionados com a instalação do assentamento maravilha em Girau do Ponciano e; o terceiro e último capítulo, avaliar como o assentamento maravilha na realidade concreta dos assentados, pôde desenvolver atividades para além do âmbito do próprio assentamento, podendo ou não interferir no cotidiano local e regional.

Palavras-chave: MST, assentamento, trabalhador rural, luta pela reforma agrária, latifúndios.

04- Por entre alforjes e patronas: solidez e contradições no conceito de democracia do MST em Girau do Ponciano Gilson Joviniano da Silva

RESUMO DO PROJETO

O presente trabalho será pautado pelo estudo das contradições que envolvem o conceito de democracia nas ações do MST a partir da década de 2000. O campo de atuação será o Assentamento Dom Élder Câmara/Núcleo Maravilha, em de Girau do Ponciano/AL. Em Girau do Ponciano as formas de atuação do MST parecem que sempre estiveram no campo das contradições, isto é, aproximavam-se com a mesma intensidade que se distanciavam das forças que almejavam combater. Isto posto, pela lógica do MST, libertar-se significava expressamente livrar-se do jugo do capitalismo selvagem e das intervenções diversas impostas pelo Estado brasileiro no tocante à preservação da grande propriedade e da monocultura, ao passo que, ainda, poderia representar o sentido de sobrevivência, ante à não serem proprietários de terras que lhes garantia a existência. Acerca disto faz-se necessário, portanto, traçar uma análise sobre as formas de ocupação da terra e da permanência do homem ao campo. Em outras palavras, busca-se entender que o nascimento do latifúndio e sua existência se deram, portanto, por meio da imposição. Os movimentos surgidos a partir das reivindicações da posse da terra têm sofrido bastante com as perseguições não apenas dos mantenedores da grande propriedade, mas também da própria opinião pública, fomentada por meio da tele-informação. A nossa concepção metodológica parti do pressuposto de que a história não pode ser entendida apenas pela existência de vultos sagrados – heróis -, mas também de anônimos, conduzidos pela ideologia do próprio movimento ao qual este faz parte. Essa forma de conceber a historiografia privilegia a história dos setores oprimidos da sociedade, seus esforços, lutas, contradições, cooptações, inclusão social que marcam o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra. Dessa forma, temos como hipótese que a idéia de contestação e de atrelamento aos ditames do Estado brasileiro se distanciam e se aproximam quase que na mesma intensidade, condição esta que está além das expectativas e das defesas dos atores envolvidos quer por ausência de compreensão quer pela forma como é organizado o movimento dos sem-terras.
Monografias de Graduação defendidas

1- O processo de modernização e a intensificação do uso tecnológico na agro-indústria açucareira no extremo sul de Alagoas a partir da década de 1970. Maria Gisélia da Silva Gomes
Este trabalho tem por objetivo entender e analisar como ocorreu o processo de desenvolvimento, modernização e a intensificação do uso tecnológico agro-industrial açucareiro no extremo sul de Alagoas a partir da década de 1970. Durante todo período colonial brasileiro houve uma circulação de produtos em torno do qual se organizava e se estruturava a economia. Apesar de cada produtos ter seu valor, sua importância, seu período de apogeu, logo depois entrava em decadência. Porém, a cana-de-açúcar ocupou maior destaque principalmente na região Nordestina, transformando no maior pólo açucareiro do Brasil, tendo a frente as regiões de Pernambuco e Bahia, por ser o solo argiloso comum no litoral e nas margens dos rios destes Estados. No caso de Alagoas, o processo de desenvolvimento e ampliação do setor sucro-alcooleiro, ocorreu de forma lenta e gradual. Utilizaremos o método histórico-dialético. O que significa dizer que a pesquisa deve iniciar pelo concreto-dado. O concreto, na visão marxiana é a síntese de múltiplas e variadas determinações. Dessa forma, a pesquisa deve ter início com o real e o concreto, o que, de certa forma, aponta para uma síntese de múltiplas determinações, ou seja, a unidade na diversidade. Sendo assim, este trabalho, parte de uma questão essencial: como ocorreu o processo de reestruturação produtiva na área canavieira com a modernização da lavoura de cana-de-açúcar, através das inovações tecnológicas na agroindústria do extremo sul de Alagoas, principalmente referente à mecanização agrícola com o uso de insumos, a partir de 1970? A partir dessa questão é que surge a nossa hipótese de trabalho segundo a qual, o processo de reestruturação produtiva, ancorado no poder estatal, contribuiu decisivamente para estimular os proprietários de usinas a investir cada vez mais em tecnologias. Ao mesmo tempo, o espaço geográfico alagoano foi sofrendo alterações. A cana continuou ocupando e se expandindo no espaço antes do verde da mata atlântica, modificando também ao longo desse processo a relação social entre os trabalhadores rurais que assumem outro papel na sociedade, passando de produtor rural a trabalhador dos usineiros.

2- Estudo sobre a ação do sindicato dos trabalhadores rurais de Girau do Ponciano/AL nas décadas de 1980/1990 - Ana Maria Miranda dos Santos


RESUMO DO TRABALHO

Este trabalho teve como objetivo reconstituir e interpretar a ação do sindicato rural de Girau do Ponciano, especificamente nas décadas de 1980 – 1990. Partindo desse contexto, procuraremos analisar as funções e limites atribuídos ao sindicato rural do município em referencia. Tivemos como hipótese, mostrar que na realidade concreta do sindicalismo de Girau do Ponciano é prevista as funções previstas por Gramsci e Bordiga: garantr a continuidade do trabalho e do salário, pela a forma burocrática em que se estabelece, impedindo o desencadeamento da guerra de classe ou de conflitos mais agudos que pudessem ameaçar os lucros patronais. Percebemos que a realidade social e histórica desse sindicato é determinada pelas ações de seus dirigentes. Desse modo, analisamos as relações do movimento sindical brasileiro com diversos aspectos sócio-econômicos e políticos, que de forma verticalizada foram perpassados pela estrutura sindical oficial e se adequaram ao quadro político-econômico do sindicato rural em estudo.


3- Sindicatos rurais: organização sindical e participação política - estudo sobre a ação sindical dos trabalhadores rurais nas décadas de 1980-1990: o caso de Junqueiro/ AL - Rozivaine Barbosa de Sousa

RESUMO DO TRABALHO

Este trabalho trata dos alcances e limites da ação do Sindicato Rural do Município de Junqueiro nas décadas de 1980 a 1990, no Estado de Alagoas, identificando fatores que caracterizaram a entidade sindical e seus dirigentes como atrasados e cooptados pela classe patronal, com práticas limitadas a perspectivas de cunho corporativista, burocrática, economicista, legalista e colaboracionista. Utilizamos contribuições teóricas pertinentes, no que a literatura expõe para o movimento sindical em geral e para o movimento sindical rural. No primeiro capítulo tratamos o processo de constituição e ação do movimento sindical numa escala global, a partir do avanço do sistema capitalista na sociedade européia final do século XVIII. Prosseguimos no segundo capítulo tratando a gênese do desenvolvimento sindical no Brasil, iniciando pelo sindicalismo urbano e posteriormente na esfera rural. A criação das centrais sindicais e as especificidades destas, em vários momentos históricos, da luta e atuação do sindicalismo no país durante as décadas de 1980 a 1990, de modo especifico a atuação da CONTAG, também foram tratadas como meio importante para compreensão da temática em questão. Tratamos ainda de aspectos históricos do Estado de Alagoas, como um meio necessário para a compreensão do processo de formação e atuação do sindicalismo alagoano. Evidenciando que a ação sindical em Alagoas e na maior parte dos seus municípios, inclusive na realidade concreta de Junqueiro, configurou-se: economicista, legalista, burocrática e assistencialista. Constituindo o terceiro e ultimo capítulo deste trabalho, o estudo sobre a realidade concreta do município de Junqueiro, a partir da sua constituição histórica até a organização da entidade sindical. Os limites e alcances do Sindicato Rural de Junqueiro, demonstrado na percepção das lideranças e dos associados locais explicitando o que impediu a concretização da finalidade dos sindicatos na defesa dos trabalhadores, e as conseqüências destes para a classe.

4- Sindicatos rurais: organização sindical e participação política - estudo sobre a ação sindical dos trabalhadores rurais nas décadas de 1980-1990: o caso de Junqueiro/ AL – José Rogério de Farias

A contínua contradição entre a forma de desenvolvimento da produção agrária brasileira e a realidade quotidiana de consideráveis parcelas do campesinato tem feito surgir uma série de movimentos sociais que são objetos de análise de muitos estudiosos das questões socioeconômicas. Compreender os movimentos sociais relativos às questões agrárias leva, inevitavelmente, a pensar o sindicato rural como uma das instâncias por que passa a relação entre trabalhador rural e luta social (GRZYBOWSKI, 1987). Com este embasamento, nosso trabalho visa à reconstituição e interpretação da ação do sindicato de Coité do Nóia, nas décadas de 1980-90, tendo como singularidade objetivar a identificação das funções e dos limites que se relacionam ao sindicato rural do município acima feito referência. Busca dar organicidade aos fatores que sejam capazes de tornar evidente, em nível teórico, a caracterização da entidade, e de seus respectivos gestores, como sendo atrasados, em suas perspectivas sindicais, e cooptados pelos grupos econômicos e políticos que possuem hegemonia. A hipótese de trabalho procura demonstrar que a entidade sindical representativa do trabalhador, mesmo sendo uma instância de embate contra o patronato, voltada para o interesse desse grupo social, historicamente não tem tido atuação substancial para tal fim (JÚNIOR BOYTO, 1991). Consideradas tais colocações, entendemos que este estudo, dada a particularidade com a qual se apresenta, é justificado em sua própria organização, qual seja, contribuir para estudar os rumos dos sindicatos rurais que existem no agreste alagoano, e de modo central na realidade concreta do município de Coité do Nóia, além de tentar contribuir com os estudos existentes que sejam voltados para a compreensão da realidade socioeconômica de Alagoas.
- Participação em eventos

1- Antonio Barbosa Lúcio - Políticas de Legitimação do Estado e a rearticulação da pequena produção: O PRONAF em Alagoas. Comunicação oral apresentada na II Semana de Pesquisa e Extensão da UNEAL.

2- Antonio Barbosa Lúcio - A reforma sindical no Governo Lula e os trabalhadores rurais. Comunicação oral apresentada na II Semana de Pesquisa e Extensão da UNEAL.

3- Maria Aparecida Ferreira dos Santos - Movimento Sindical dos Trabalhadores na Educação: o núcleo do SINTEAL em Arapiraca. Comunicação oral apresentada na II Semana de Pesquisa e Extensão da UNEAL

4- Adriana Márcia Marinho Silva - Sindicatos rurais: organização sindical e participação política - estudo sobre a ação sindical dos trabalhadores rurais nas décadas de 1980-1990 I Semana de Pesquisa e Extensão da FUNESA/2005

5- Adriana Márcia Marinho Silva - Sindicatos rurais: organização sindical e participação política - estudo sobre a ação sindical dos trabalhadores rurais nas décadas de 1980-1990: Comunicação oral apresentada na I Semana dos Argonautas/2005

6- Adriana Márcia Marinho Silva - Sindicatos rurais: organização sindical e participação política - estudo sobre a ação sindical dos trabalhadores rurais nas décadas de 1980-1990: As ligas camponesas no Brasil. Painel apresentado na II Semana de Pesquisa e Extensão da UNEAL/2006

7- José Rogério de Farias - Sindicatos rurais: organização sindical e participação política - estudo sobre a ação sindical dos trabalhadores rurais nas décadas de 1980-1990: o caso de Coité do Nóia/al- I semana de Pesquisa da FUNESA/2005

8- Maria Gisélia da Silva Gomes - O processo de modernização e a intensificação do uso tecnológico na agro-indústria açucareira no extremo sul de Alagoas a partir da década de 1970. I Semana de Pesquisa da FUNESA/2005

9- Nadja Lúcia dos Santos – Processo de organização do trabalho no campo - estudo da agroindústria sucroalcooleira alagoana na década de 1990: os trabalhadores assalariados da cana-de-açúcar da usina seresta em Teotônio vilela/al. Painel apresentado no II Semana de Pesquisa e Extensão da UNEAL/2006

10- José Fernandes da Silva - O PRONAF em Limoeiro de Anadia: o caso do povoado Pé Leve Novo (1999-2006). Comunicação oral proferida no II Encontro de Pesquisa e Extensão da UNEAL/2006

11- Viviane Tomé da Silva. Sindicatos rurais: organização sindical e participação política - estudo sobre a ação sindical dos trabalhadores rurais nas décadas de 1980-1990: o caso de São Miguel dos Campos/AL. Painel apresentado na II Semana de Pesquisa e extensão da UNEAL/2006

12- Ronaldo Francisco da Hora - Sindicatos rurais: organização sindical e participação política - estudo sobre a ação sindical dos trabalhadores rurais nas décadas de 1980-1990: o caso de Taquarana/AL. Bolsista/UNEAL. Comunicação Oral proferida na II Semana de Pesquisa e Extensão da UNEAL.

13- Maria Carmélia Alves de Almeida. Sindicatos rurais: organização sindical e participação política - estudo sobre a ação sindical dos trabalhadores rurais nas décadas de 1980-1990: o caso de Feira Grande. Painel apresentado na II Semana de Pesquisa e extensão da UNEAL/2006

14- Márcia Cristina de Souza. Sindicatos rurais: organização sindical e participação política - estudo sobre a ação sindical dos trabalhadores rurais nas décadas de 1980-1990: o caso Tanque D’Arca. Painel apresentado na II Semana de Pesquisa e extensão da UNEAL/2006

15- Silvania Maria dos Santos. Sindicatos rurais: organização sindical e participação política - estudo sobre a ação sindical dos trabalhadores rurais nas décadas de 1980-1990: o caso de Campo Grande. Comunicação Oral proferida na II Semana de Pesquisa e Extensão da UNEAL.

16- Nadja Lúcia dos Santos. O processo de organização do trabalho no campo - estudo da agroindústria sucroalcooleira alagoana na década de 1990: os trabalhadores assalariados da cana-de-açúcar da usina seresta em Teotônio vilela/al. Painel apresentado na II Semana de Pesquisa e extensão da UNEAL/2006

17- Joana D’arc da Silva. Sindicatos rurais: organização sindical e participação política - estudo sobre a ação sindical dos trabalhadores rurais nas décadas de 1980-1990: o caso Lagoa da Canoa. Painel apresentado na II Semana de Pesquisa e extensão da UNEAL/2006

9. PALESTRAS/SEMINÁRIOS

1- Antonio Barbosa Lúcio - A ação sindical dos canavieiros alagoanos a partir da década de 1980 - Palestra proferida na I Semana dos Argonautas/FUNESA/2005- Palmeira dos Índios- Campus II
2- Seminário no Curso de Especialização em História dos Movimentos Sociais no Brasil - HISTÓRIA/CAMPUS I/UNEAL - Os movimento sociais no Brasil a partir da década de 1970